Traficantes alugam casas na Vila Mariana para o consumo de crack

No interior de um apartamento de classe média na Bela Vista (região central), usuários de crack alugam a sala, o quarto e a cozinha com um único propósito: fumar a droga.

Com três celulares no bolso, um senhor aparentando ter 60 anos era o responsável pela venda das pedras e pelo aluguel do imóvel.

Preço: R$ 10 (a pedra), mais R$ 10 pelo espaço usado para consumo.

Antes mesmo da operação da PM, que cercou a cracolândia, a reportagem percorreu, nos últimos seis meses, bairros como guia Vila Mariana, Paraíso (na zona sul de SP), Bexiga, Bela Vista (centro de SP) e Penha (na zona leste de SP).


Nesses locais foram encontradas casas e apartamentos onde funciona um esquema até então desconhecido das autoridades públicas e policiais, as cracolândias privês.

Esses locais são extremamente lucrativos e seguros para o criminoso.

Ele ganha duas vezes: na venda da droga e na locação da área.



Para o usuário é algo discretíssimo. Nesses ambientes ele consegue fugir da polícia e dos olhares de reprovação de moradores.

Para entrar nesse local é preciso ser apresentado por algum conhecido do traficante e seguir a principal exigência: só consumir a droga vendida ali.

A reportagem visitou cinco imóveis. Os apartamentos, na Bela Vista e no Bexiga, possuem pequenas brechas nas janelas, para não intoxicar quem está trancado lá.

As portas permanecem quase o tempo inteiro fechadas.

Já as casas, ou estavam abandonadas e foram invadidas ou haviam sido alugadas pelos traficantes por preços baixos por conta de seu mau estado de conservação.

Elas estão na Vila Mariana, Paraíso e Penha.

Os muros têm mais de três metros de altura. Os portões não têm brechas, o que impossibilita que alguém de fora observe o que acontece ali.

Fonte: Folha de S. Paulo





Deixe seu comentário