A Polícia Civil diz que o médico encontrado morto dentro do seu apartamento no bairro Vila Mariana, em São Paulo, na última quarta-feira (22), pode ter sido vítima de uma brincadeira sexual. Alexandre de Paiva Nery, de 30 anos foi achado com um saco plástico na cabeça amarrado com fita.
De acordo com informações preliminares, o pai do médico ligou para o funcionário do condomínio porque estava preocupado com o filho, que não atendia ao telefone. O porteiro não localizou o morador pelo interfone e decidiu subir até o apartamento.
Ele estava de camiseta e cuecas, com um saco na cabeça lacrado por fita adesiva. No rolo, que ficou pendurado, a perícia conseguiu identificar uma impressão digital.
A equipe do IC (Instituto de Criminalística) disse que não havia marcas de estrangulamento no pescoço do médico e nada foi tirado do lugar no apartamento. A carteira estava na escrivaninha com dinheiro e cartões.
Por isso, a polícia trabalha com a hipótese de acidente e aguarda a perícia da impressão digital encontrada no rolo de fita para saber se é de Nery ou de outra pessoa
De acordo com a polícia, o médico pode ter morrido em consequência de uma perda de oxigênio durante o ato sexual – a prática de chegar ao limite do sufocamento prolongaria o prazer.
Como não havia câmeras de segurança no prédio, a corporação aguarda imagens de edifícios vizinhos para tentar identificar quem entrou e saiu do local. Todos os funcionários vão ser ouvidos.
O caso foi registrado no 16º Distrito Policial da Vila Clementino e depois encaminhado para o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). A polícia deve investigar se a vítima foi assassinada ou se cometeu suicídio.
Antidepressivos
Natural de Goiânia (GO), o jovem havia se formado em medicina e estava na capital paulista estudando para se tornar psiquiatra. A família do médico Alexandre Nery disse que ele usava antidepressivos e nega a possibilidade de suicídio.
Os parentes dizem acreditar que ele foi assassinado. O jovem foi sepultado, na manhã desta sexta-feira (24), no cemitério Jardim dos Palmares, em Goiânia (GO).
Fonte: R7